O mês de agosto é nacionalmente conhecido como o mês da amamentação. E, para marcar o Agosto Dourado, o Hospital Samaritano Americana – credenciado PHS Samaritano Saúde – promoveu para gestantes a palestra “A importância da amamentação” com o médico ginecologista e obstetra, Dr. Renato Neto da Silva, e com a pediatra, Dra. Ana Paula Palmieri.

Os profissionais incentivaram a amamentação exclusiva, abordaram o preparo dos seios, os cuidados com o recém-nascido além dos benefícios do ato para a saúde da mulher. As gestantes puderam trocar experiências e tirar dúvidas com os médicos.

O leite materno é o alimento mais adequado para o desenvolvimento da criança. A amamentação deve ser estimulada e a prática, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), deve ser feita até os dois anos de idade ou mais – lembrando que de modo exclusivo nos seis primeiros meses de vida do bebê.

Orientar, escutar as mães e os pais e principalmente, sensibilizar a sociedade a respeitar esse momento é fundamental para a saúde do bebê e para o fortalecimento do vínculo afetivo entre mãe e filho.

A técnica de enfermagem Jusley Siqueira Vieira Costa, da UTI Neonatal do Hospital Santa Ignês, em Indaiatuba – também credenciado PHS Samaritano Saúde -, é mãe de dois filhos. Davi de seis anos e Lívia de cinco meses. Ela amamentou os dois. “Para mim, a amamentação é muito importante e fortalece muito a conexão mãe e filho”, disse. Para quem está tendo dificuldades em amamentar, Jusley aconselha a procurar ajuda e não desistir. “Há grupos que auxiliam as mães na maternidade e fora dela também. Tudo é adaptação e esse é o maior desafio”, completou.

Já Mayara Regina da Silva Moreira, também técnica de enfermagem do Hospital Santa Ignês, contou que teve dificuldades em amamentar sua primeira filha, a Cecília que hoje tem sete anos. E mesmo assim, conseguiu amamentar durante sete meses. Mayara está amamentando as gêmeas de seis meses, Lara a Manuela, e disse que não teve dificuldades em colocá-las no seio e elas mamaram no Centro Cirúrgico.

“A amamentação é, sem dúvidas, de extrema importância. É o momento da troca de carinho”, falou. “Quando as dificuldades surgem, precisamos procurar ajuda profissional e devemos sempre dar o nosso melhor porque vai dar certo”, completou.

Mayara amamentou as gêmeas exclusivamente no seio e mesmo com seu retorno ao trabalho na Maternidade – quando elas tinham cinco meses e meio – ela passou a ordenhar antes de ir trabalhar e dessa forma, as meninas continuam mamando o leite materno. “A rotina é cansativa mas eu faço questão de fazer isso para não ter que introduzir fórmulas”.

 

PARTICIPAÇÃO

Para celebrar a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) e o Agosto Dourado, a SBP preparou ação inédita que leva os pediatras a estimularem a participação do homem (pai, amigo, companheiro, parente) no apoio ao aleitamento materno.

“Neste ano, além de reforçar o papel da mãe e a importância do leite materno para o bebê, a SBP quer estimular o pediatra a chamar o pai a participar cada vez mais desse processo. O homem deve conhecer os detalhes da importância de amamentar, assumir tarefas e respeitar o tempo da mulher e seus sentimentos, apoiando a lactação. São partes que compõem um todo e vários estudos têm demonstrado que o apoio do pai é fundamental na amamentação do bebê”, destaca a presidente da SBP, Dra. Luciana Rodrigues Silva.

Para Jusley, a participação do pai é essencial. “Seja em relação aos cuidados gerais, a rotina e na educação das crianças”. Já para Mayara, a ajuda do marido tem sido fundamental. “Ele me auxilia entre as mamadas cuidando de uma enquanto eu amamento a outra e ele também quem descongela e oferece o meu leite para elas quando estou no trabalho. Além de me dar todo o apoio e incentivo”, finalizou.